sexta-feira, 6 de maio de 2011

Sugestionabilidade e Libido


Desenvolvendo um trabalho da Faculdade, em que foi necessário ler o livro “Psicologia de grupo e Análise do Ego”, escrito por Sigmund Freud (1856-1939) em 1921, percebi o quanto somos e podemos ser influenciados por algo ou alguém, mas mais que isso, entendi que esse poder sobre nós depende de nossas qualidades psicológicas.

Gostaria de propor pensarmos uma dela em especial. Essa qualidade é nomeada de sugestão ou sugestionabilidade, segundo Freud.

 sugestionabilidade é uma capacidade que define a disposição de alguém em aceitar ou não a idéia de outra pessoa e como ela reage a essa idéia.

Na obra citada, Freud se utilizou de idéias do psicólogo francês Gustave Le Bon (1841-1931) para sustentar sua teoria. Segundo Le Bon quando estamos em grupo liberamos nossos instintos mais primitivos, nos ausentamos de responsabilidades, cometemos atos que, sozinhos, não cometeríamos, perdemos nossa individualidade, nossas características mais marcantes são embutidas.

Em partes, nosso inconsciente se liberta. Um dos exemplos mais claros é a existência de torcidas organizadas. Determinado indivíduo não tomaria certo ato (vandalismo, agressões, destruição de estádios) se estivesse sozinho. Esse instinto certamente não seria liberado, pois pensaria em suas limitações sociais. Já em grupo, Freud propõe que é construída uma mente coletiva e a capacidade intelectual dos seres é reduzida. Voltamos a ser crianças. Outro exemplo claro disso pode ser observado nos berçários. Se por algum motivo,  uma criança começa a chorar, todas as outras também se sentirão impulsionadas a chorar.

Quando “liberamos” parte desse inconsciente é porque Eros (Deus do amor usado por Freud para designar a pulsão de vida, ou de ligação) nos domina. Nessa condição, precisamos do outro para satisfazer desejos próprios e afastar desconfortos (Princípio do Prazer/Desprazer). 

Na maioria das vezes não liberamos esses instintos porque nosso “eu” consegue satisfazer-se sozinho. Há um predomínio de Tânatos, auto-sustentável, ou seja, uma característica narcisista. Para entender melhor tudo isso, é fundamental que compreendamos o que é libido.

A libido é um termo tirado, por Freud, da teoria das emoções. Libido é a energia psíquica que move nosso aparelho mental.  Somos movidos por emoções, entram aí também, as teorias de Melanie Klein (1882-1960). O amor é uma capacidade, da qual desenvolvemos, ou não. Essa capacidade inicia seu desenvolvimento nos estágios iniciais de nossa vida. Por isso, o papel fundamental da mãe na construção do indivíduo.

Essas são algumas informações constatadas, mas esses assuntos citados vão muito além do que foi dito.

Estudar a mente humana e tentar compreender alguns comportamentos realizados por nós é fundamental para que problemas na nossa vida sejam evitados, ou que quando aconteçam, saibamos lidar com isso.