As mulheres vem se transformando com o tempo. Mudança necessária, até mesmo obrigatória. Precisam ser fortes e independentes. Esconder suas fraquezas, fragilidades e serem atraentes, a sociedade impõe isso.
Ao mesmo tempo em que conquistaram direitos, caíram na idéia de que ser mulher é ser multimulher. Antes, eram oprimidas em seus lares, agora, são cobradas a serem eficientes em tudo que fazem.
Apesar da liberdade conquistada, é comum ouvir que não estão contentes e nem satisfeitas. Apesar de competentes, vivem divididas entre lar e trabalho, além de não se satisfazerem completamente com eles, são pressionadas pelos padrões de beleza, inatingíveis, impostos pela mídia, tornando-se assim, inimigas de si mesmas, o que muitas vezes causa depressão e baixa auto-estima.
Numa sociedade consumista, a mulher se tornou o modelo de consumidor ideal. Para suprir suas frustrações ou chegar perto do padrão de beleza inatingível, ela compra, compra e compra.
Estressada por todas as cobranças que lhe são impostas, lhe atinge a infidelidade do marido e insegurança dos filhos, causadas por sua ausência, fundamental para a renda da família.
As mulheres vivem diversos dilemas. Se optarem pela família, ainda precisam continuar sexualmente atraentes, já que os casamentos, atualmente, são como instituições falidas. Há também o risco de perderem espaço no mercado de trabalho, se investirem demais na família.
“Investimento em família significa recurso emocional em torno de um projeto coletivo; envolvimento emocional é uma amarra que quando consensualmente aceita por ambos dá bons resultados, mas se um dos dois roer a corda, o outro arca com as consequências psíquicas de um projeto falido.
A falência de um casamento para a mulher costuma lhe acarretar maiores prejuízos. Dependendo do tempo, da quantidade de filhos, da idade, ela pode estar em grande desvantagem para o recomeço numa nova relação. A idade favorece mais o homem do que a mulher, o homem mais velho goza do prestígio e do charme que lhe recai pela idade; a mulher mais velha, numa sociedade assentada na beleza juvenil, perde valor e atrativo à medida que o tempo passa”, assegura o sociólogo Luciano Alvarenga.
Apesar da família ter se tornado uma instituição sem créditos muitas mulheres ainda anseiam formar as suas. O Porquê? Talvez a psicanálise explique (instinto) ou talvez ainda haja esperança mesmo. Tomara que ainda haja esperança.