quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

As mulheres entre paradoxos e dilemas


As mulheres vem se transformando com o tempo. Mudança necessária, até mesmo obrigatória. Precisam ser fortes e independentes. Esconder suas fraquezas, fragilidades e serem atraentes, a sociedade impõe isso.

Ao mesmo tempo em que conquistaram direitos, caíram na idéia de que ser mulher é ser multimulher. Antes, eram oprimidas em seus lares, agora, são cobradas a serem eficientes em tudo que fazem.

Apesar da liberdade conquistada, é comum ouvir que não estão contentes e nem satisfeitas. Apesar de competentes, vivem divididas entre lar e trabalho, além de não se satisfazerem completamente com eles, são pressionadas pelos padrões de beleza, inatingíveis, impostos pela mídia, tornando-se assim, inimigas de si mesmas, o que muitas vezes causa depressão e baixa auto-estima.

Numa sociedade consumista, a mulher se tornou o modelo de consumidor ideal. Para suprir suas frustrações ou chegar perto do padrão de beleza inatingível, ela compra, compra e compra.

Estressada por todas as cobranças que lhe são impostas, lhe atinge a infidelidade do marido e insegurança dos filhos, causadas por sua ausência, fundamental para a renda da família.

As mulheres vivem diversos dilemas. Se optarem pela família, ainda precisam continuar sexualmente atraentes, já que os casamentos, atualmente, são como instituições falidas. Há também o risco de perderem espaço no mercado de trabalho, se investirem demais na família.

“Investimento em família significa recurso emocional em torno de um projeto coletivo; envolvimento emocional é uma amarra que quando consensualmente aceita por ambos dá bons resultados, mas se um dos dois roer a corda, o outro arca com as consequências psíquicas de um projeto falido.

A falência de um casamento para a mulher costuma lhe acarretar maiores prejuízos. Dependendo do tempo, da quantidade de filhos, da idade, ela pode estar em grande desvantagem para o recomeço numa nova relação. A idade favorece mais o homem do que a mulher, o homem mais velho goza do prestígio e do charme que lhe recai pela idade; a mulher mais velha, numa sociedade assentada na beleza juvenil, perde valor e atrativo à medida que o tempo passa”, assegura o sociólogo Luciano Alvarenga.

Apesar da família ter se tornado uma instituição sem créditos muitas mulheres ainda anseiam formar as suas. O Porquê? Talvez a psicanálise explique (instinto) ou talvez ainda haja esperança mesmo. Tomara que ainda haja esperança.


domingo, 26 de dezembro de 2010

Trecho do livro "Tuesdays with Morrie" de Mitch Albom

"Às vezes, não acreditamos no que vemos e precisamos acreditar no que sentimos. E, se quisermos que os outros confiem em nós, precisamos sentir que nós confiamos neles. Mesmo que estejamos no escuro. Mesmo quando estamos caindo".


Nada melhor do que começar falando dos sentimentos humanos. Sentimentos esses, perdidos ou vendidos na atual sociedade que preza: "você é o que você tem". Antigamente, a confiança sempre esteve presente, entretanto, num mundo em que as pessoas atropelam umas as outras, a tendência 
é que ela desapareça, para dar lugar a uma falsa auto-confiança nos seres individualistas-individuais.
É fato que as pessoas se sentem cada vez mais sozinhas e toda essa falsa auto-confiança serve para mascarar a carência de valores, propósitos e sonhos.